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Cuidado com o mito do alimento industrializado “saudável”

Boato – Alimentos industrializados que têm aviso de “sem gordura”, “sem açúcar” e outros são saudáveis.

Está muito claro que, para que tenhamos uma boa saúde, é preciso que tenhamos uma alimentação saudável. Hoje, porém, com o ritmo de vida ao qual estamos submetidos como regra geral, as pessoas tendem, por pressa ou praticidade, a consumir exageradamente fast-food e alimentos industrializados dos mais variados tipos.

Apesar de todos esses alimentos industrializados, que englobam desde refeições prontas a sucos ‘naturais’ de frutas, serem constantemente controlados e titulados, são utilizados pela indústria elementos químicos para melhorarem sabor, textura e conservação desses alimentos – o que nem sempre é saudável para o nosso organismo. Com a aplicação da titulação química na indústria alimentícia podemos saber, por exemplo, o pH de um determinado alimento, além de termos mais informações sobre a qualidade nos processos industriais.

E há uma prática comum da indústria que merece destaque: vender produtos industrializados como “sem gordura”, “sem açúcar”, “sem sódio”, mas usar substitutos tão ruins quanto ou pior. E aí temos uma pergunta:

Existe alimento industrializado e processado saudável?

Infelizmente, não. Devido a um certo abuso na utilização de química na alimentação ultra processada, milhões de pessoas no mundo acabam sofrendo de doenças crônicas – notadamente de obesidade e sobrepeso, já que esses alimentos industrializados possuem grande quantidade de sódio, açúcares e gorduras saturadas.

Segundo um estudo realizado pela Universidade de Paris, ficou comprovado que um indivíduo que tenha um consumo habitual de alimentos ultraprocessados pode ter chance de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e coronarianas em 10%. Há alguns Tipos de produtos químicos mais usados na indústria de processados.

No Brasil, apesar de a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regular a utilização de aditivos nos alimentos, poucas pessoas se dão conta do tamanho do problema. Aliás, são muitos os boatos perigosos envolvendo alimentação no Brasil.

Os ingredientes químicos acrescentados a esses produtos alimentares formam uma grande lista, e que inclui, entre outros elementos:

Emulsificantes: Que prolongam vida útil dos alimentos e ainda melhoram sua textura e a aparência; Conservantes: Dentre os conservantes mais usados na indústria alimentícia estão o ácido sórbico, ácido propiônico, ácido benzoico, nitritos, nitratos, dióxido de enxofre, o ácido acético e acetatos e muitos outros; A função desses conservantes é inibir ou prevenir o crescimento de micróbios e assim mantendo a qualidade e a vida útil dos produtos;

Adoçantes artificiais: Os adoçantes artificiais são usados na indústria alimentícia a muitos anos substituindo o açúcar e o principal argumento é ter um produto ao mesmo tempo doce e livre de calorias; Hoje os cientistas investigam sobre os verdadeiros riscos desses adoçantes artificiais que podem ir desde a desequilíbrios metabólicos, aumento da gordura abdominal, até mesmo alterações da composição da flora intestinal ao aumento do risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC);

Espessantes: Os espessantes conseguem aumentar a viscosidade do produto e entre os mais usados temos a goma adragante, goma arábica, alginato de sódio, gelatina, potássio, goma gelana e outros; Aromatizantes: Os aromatizantes realçam o sabor e o aroma de um determinado alimento deixando dessa maneira com um sabor mais próximo ao natural. Dentre os mais utilizados temos o glutamato monossódico, acetato de octila e aldeído cinâmico. A ciência através de pesquisas acredita que seu consumo em excesso pode ter alguma relação com o aparecimento de doenças como Parkinson e Alzheimer.;

Corantes: São utilizados para deixar os alimentos mais atrativos e saborosos para os consumidores. Existem vários como a Tartrazina, Azorrubina, Amaranto, Amarelo Crepúsculo e outros. Felizmente, existem substitutos. Com uma dieta saudável podemos prevenir e tratar vários problemas de saúde, que incluem especialmente as já velhas conhecidas pressão alta e diabetes, além de nos permitir obter uma qualidade de vida melhor.  Uma alimentação saudável para o ser humano deve ser baseada em alimentos naturais que são os alimentos que encontramos na natureza, como carne, peixes, frutas, sucos naturais, verduras e legumes, ovos, cereais, leite e o mínimo possível de produtos industrializados.

Uma boa alimentação deve procurar cobrir as necessidades do  organismo nos abastecendo de nutrientes essenciais ao nosso corpo como as proteínas, vitaminas, carboidratos e outros. Na verdade, para termos uma alimentação saudável e de qualidade devemos comer de tudo sem receio, porém na quantidade correta. É claro que nos dias atuais nem sempre temos condições de chegar em casa após um dia estressante de trabalho e entrar na cozinha para preparar uma refeição. Para que possamos realmente evitar ao máximo o consumo de alimentos processados precisamos nos organizar, preparar nossa alimentação previamente, congelar nossas refeições e ter o prazer de ter uma alimentação saudável muito mais econômica e saborosa do que uma comida ultra processada. E já sabe: não se engane com rótulo.