A intervenção federal no Rio rendeu polêmicas e boatos na internet. Pensando nisso, o Boatos.org listou 7 boatos que surgiram na web após o anúncio da medida.
Ninguém pode negar que, sempre que uma notícia bombástica aparece na mídia, diversos boatos vêm a galope. E, se foi assim com a febre amarela, não foi diferente com a intervenção federal no Rio.
A decisão do presidente Michel Temer (PMDB) de decretar uma intervenção federal na segurança pública no estado do Rio de Janeiro não gerou apenas polêmicas, mas uma onda de fake news na internet. Pensando nisso, o Boatos.org separou uma lista com 7 boatos que surgiram na web após a decisão do governo federal. Confere aí!
1 – Vídeo mostra os tanques na Via Dutra, indo para o Rio
Logo após a decisão do governo federal de intervir na segurança pública do Rio de Janeiro, um vídeo com imagens de tanques de guerra na Via Dutra (rodovia que liga os estados de São Paulo e Rio de Janeiro) começou a circular na internet. Na publicação, a mensagem indica que “hoje amanheceu na Via Dutra rumo ao Rio de Janeiro”. A filmagem de cerca de dois minutos mostra diversos tanques de guerra sendo rebocados por caminhões. Ao checar as imagens, descobrimos que o vídeo foi registrado na Rodovia Fernão Dias, em 2013. Ou seja, mais uma balela. Saiba mais sobre o boato aqui.
2 – Toque de recolher é anunciado
Essa história não é nova. Sempre que surgem notícias sobre arrastões e crimes, histórias envolvendo toque de recolher pipocam na internet como, por exemplo, na história dos arrastões na Tijuca. No caso da intervenção no Rio, começou a circular a informação de que um boletim interno do “Ministério do Exército” apontava que todas as pessoas que saírem nas ruas depois de 22 horas sem Carteira de Trabalho (CTPS) seriam levadas para um quartel militar. Acontece que não existe Ministério do Exército e, além disso, os boletins internos do Exército não são SPOEX, como indicava a mensagem. Saiba mais sobre o boato aqui.
3 – Saiu o Plano (parte 1)
Apesar do desmentido, o “Ministério do Exército” continuou soltando pérolas por aí. Após o suposto boletim interno, o ministério divulgou um plano estadual para intervenção militar no estado. O “Plano Operacional Estadual de Intervenção Militar” daria as diretrizes de hierarquia para as ações do Exército. Entre elas, missões para os coronéis, o comando dos policiais para o coronel Ivan Cosme de Oliveira Pinheiro e o BOPE fica subordinado às Forças Especiais dos Anfíbios. Ao ler o plano, chegamos a conclusão que a história era falsa. Saiba mais sobre o boato aqui.
4 – Agora, sim, saiu o plano (Parte 2)
O que não faltou nesses dias foi anúncio de “plano de intervenção”. Antes mesmo da medida ser aprovada no Congresso, as mentes brilhantes da internet surgiram com outros planos, o Plano de Ação Redentor e o Patriota. Ambas as versões, tratavam de ações no Rio de Janeiro. Entre elas, estava o deslocamento da Rota de São Paulo para o Rio e o quartel de Guadalupe sob responsabilidade do B.Log. Acontece que a história se sustentava em outros boatos e, também, foi desmentida pelo próprio Exército. Saiba mais sobre o boato aqui.
5 – Saiu a lista dos comandantes
Depois do plano de ação, surgiu a lista dos generais que serão comandantes dos batalhões da Polícia Militar. E não é só isso, de acordo com as informações repassadas pela internet, agora todo comandante de batalhão do Rio de Janeiro será um general do Exército. A história é tão falsa que os batalhões listados nem são todos da PM do Rio de Janeiro e dos 18 generais citados no texto, só dois existem. Saiba mais sobre o boato aqui.
6 – Maria do Rosário pede diálogo
Até a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) veio à baila. Na publicação, a mensagem apontava que Maria do Rosário votou contra a Intervenção Militar no Rio de Janeiro e disse que traficantes precisam de diálogo e não do Exército com armas. Pois bem, na verdade, a deputada até votou contra o decreto de intervenção. Porém, o fez por outros motivos e nunca disse essa frase. Saiba mais sobre o boato aqui.
7 – O discurso de Gramoza
Apesar de antiga, a história de que o general Gramoza indagou “Liberdade para quê? Liberdade para quem?” em apoio a intervenção militar no Brasil ganhou força com o anúncio da intervenção federal no Rio de Janeiro. Mas, no fim, as pessoas compartilharam o texto com a assinatura “fantasma” isso porque o general, simplesmente, não existe. Ou seja, é boato. Saiba mais sobre o boato aqui.