Boato – Pesquisadores da universidade da Carolina do Norte apontam que mulheres que bebem sêmen tem 40% menos de chances para contrair câncer de mama.
A prevenção do câncer é encontrada em diversos alimentos e atividades em torno da vida humana. Porém, uma pesquisa teria apontado um modo nada convencional na hora de prevenir a doença. Segundo o estudo, a ingestão de sêmen diminuiria as chances de vários tipos de câncer nas mulheres. Mas será que esse estudo é verdadeiro?
Segundo um texto que circula na internet, pesquisadores da North Carolina State University (EUA) teriam feito estudos que comprovavam que as mulheres que praticam regularmente o sexo oral e engolem o esperma teriam 40% menos chances de desenvolver o câncer.
A notícia também diz que a diretora do grupo de cientistas presentes no estudo, Helena Shifteer, afirma que ela mesma sempre engole o sêmen do marido, e que o método, para ser eficaz, deve ser realizado pelo menos duas vezes por semana. Leia trecho do texto:
A notícia é meio absurda, mas está na pauta internacional. Segundo pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (EUA), engolir esperma pode reduzir em 40% o risco de câncer.
O estudo foi publicado na revista “American Woman” e tem causado polêmica. ”Eu encorajo todas as mulheres do mundo para a prática de sexo oral e está se tornando a rotina mais importante de suas vidas diárias”, disse Helena Shifteer, diretor de Cientistas.
De acordo com a pesquisadora, ela sempre engole o sêmen de seu marido. Para que o método seja eficaz, é necessário repetir esse processo pelo menos duas vezes por semana.
A explicação é que o líquido precioso contém muitos elementos, tais como vitaminas C e B12 e minerais como o cálcio, magnésio, fósforo, potássio e zinco, além de ser rica em proteínas, sódio, colesterol e açúcares.
Essa notícia começou a circular com força de janeiro até o momento (março) de 2014 pelas redes sociais. Inclusive esse texto da Super Pride conta com 169 comentários. E pelo o que as pessoas escreveram no espaço de opinião, a maioria levou a notícia bem a sério mesmo. Mas nós vamos esclarecer por que ela não deve ser levada a sério.
O primeiro fato que deve ser levado em conta para desvendar a história é a imprecisão do estudo. Não é citada uma data específica das pesquisas, dados concretos, número de pessoas que participaram, método de apuração, resultados eficazes, etc. Essa falta de informações causa dúvida em torno da notícia, que já foi publicada em meados de 2003.
Outro ponto a ser questionado é o nome da pesquisadora. No texto, Helena Shifteer é citada, seria provável que com um estudo tão original e surpreendente, ela seria uma pessoa famosa, profissional com várias pesquisas já divulgadas na mídia. Porém, depois de uma rápida pesquisa na web, o nome dela só é citado em sites que copiaram a notícia falsa do estudo e divulgaram. Então, concluímos que a tal Helena nem existe, foi mais uma parte da invenção do texto.
Ou seja, o texto é mesmo falso e não há nenhum estudo que comprove que a prática da ingestão ajuda a prevenir câncer.