Boato – “Guru” da área da Educação de Bolsonaro, General Aléssio quer sala separada para pretos e pobres nas escolas. Polícia controlaria “segregação”.
A últimas semana foi bem agitada em todos os cantos do Brasil. Depois das votações do segundo turno das eleições presidenciais, o país escolheu seu novo representante. E o eleito foi Jair Bolsonaro (PSL). A partir do dia 1 de janeiro de 2019, o Brasil está “sob nova direção”. Segundo publicações nas redes sociais, os assessores de Bolsonaro já estão preparando mudanças.
E de acordo com uma história que anda circulando por aí, General Aléssio, o “guru” da área da Educação de Bolsonaro, quer que negros e pobres estudem em salas separadas do restante dos alunos. E a Polícia Militar iria fiscalizar tudo. Confira:
Versão 1: “”Assessor de Bolsonaro quer salas separadas para negros e pobres.” E é isso que os eleitores dele também querem! Os eleitores do Bolsonaro não me aceitam no mesmo restaurante que eles, não me aceitam no mesmo avião, na mesma faculdade… eles não aceitam a minha existência!”. Versão 2: “Assessor de Bolsonaro quer salas separadas para negros e pobres. Aléssio Souto, guru de Bolsonaro para a área da Educação, quer policial militar “controlando” crianças dentro das escolas”.
General Aléssio, assessor de Bolsonaro, quer sala separada para negros e pobres?
Bem, a história causou muito rebuliço dentro e fora da rede e foi usada até por partidos durante as eleições. Mas será que General Aléssio realmente quer segregar alunos nas escolas? A resposta é não. E se você quiser mais detalhes, então continua lendo.
Vamos lá! Essa história não é nova. Ela andou circulando nas redes sociais durante a campanha eleitoral e, agora, começou a ganhar força. A base de tudo teria sido uma entrevista do General Aléssio ao jornal Estado de S. Paulo. De fato, a entrevista toca em temas muito polêmicos, como a diminuição de recursos para o ensino superior, a autuação e prisão de menores de idade e a revisão do currículo e bibliografia escolar.
Na entrevista, General Aléssio até cita o “reforço escolar” como uma “solução” para o fim das cotas. Porém, ele não fala em nenhum momento que isso significa “salas separadas” para negros e pobres. Em tese (e a lógica aponta para isso), a aula de reforço estaria aberta para todos e, como o nome diz, seria no contra-turno escolar. A tese, inclusive, foi rebatida durante a campanha de Bolsonaro pelo próprio partido PSL.
Em resumo: a história que diz que General Aléssio, assessor de Bolsonaro, teria dito que irá segregar alunos negros e pobres nas escolas é falsa. Na entrevista em questão, Aléssio não falou nada sobre segregação de alunos. Boato.
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