Boato – Experimento científico feito pelo japonês Masaru Emoto com água e arroz pode comprovar o poder positivo ou negativo das palavras na decomposição de substâncias.
Masaru Emoto é um pesquisador japonês, nascido emYokohama, conhecido por seu livro Messages from Water e seus desdobramentos. O fotógrafo e autor trabalha com uma tese que consiste em “falar” com substâncias – no caso a água. Ao tratar as substâncias de forma diferente, variando entre amor, ódio e descaso, Emoto tenta comprovar a força das palavras sobre essas substâncias.
O estudo de Emoto consiste em analisar com um microscópio as moléculas de água após congeladas. Primeiramente, pega-se a água em um vasilhame e as palavras bonitas e feias são para as duas quantias de água. Após essa etapa, a água é congelada e as moléculas são analisadas, com isso, os cristais de água que “ouviram” palavras agradáveis ficam bonitos e os cristais sujeitos a palavras feias ficam com uma aparência desagradável. A experiência também pode ser realizada com músicas – por exemplo, se a água “ouvir” heavy metal ficará feia.
Esse tipo de pesquisa era no passado. Agora, os experimentos de Emoto voltaram com uma pequena diferença. A mesma experiência é aplicada em potes com água e arroz que são sujeitos à palavras de amor, ódio e indiferença. Após um mês proferindo as palavras para cada pote – ou não falando nada no caso da indiferença – o resultado é “impressionante”. No pote do amor o arroz fermentava naturalmente, no do ódio tornou-se uma substância escura e no pote ignorado o arroz embolorou.
No Brasil, o site Catraca Livre foi um dos responsáveis por divulgar o experimento e viralizá-lo em redes sociais. Confira abaixo o texto e vídeo sobre o experimento:
“Para provar que as palavras tem poder e tudo o que dizemos influencia as direções de nossas vidas, o japonês Masaru Emoto realizou uma experiência com arroz e água e conseguiu provar que amor, ódio e o descaso, quando proferidos, fazem toda a diferença.O experimento consistiu com três potes de vidro contendo a quantidade idêntica de arroz e água.
Em cada um deles, Masaru depositou uma energia diferente: no primeiro, foi transferido o amor e citada a frase “obrigado!”. No segundo, o propósito foi o ódio e Masaru repetiu, todos os dias “idiota!”, e no terceiro e último, ele apenas ignorou.
Depois de um mês, o resultado foi absolutamente impressionante! No pote do amor, o arroz estava fermentando naturalmente. No pote do ódio, os grãos se transformaram em uma substância escura. E no vidro ignorado, o arroz embolorou e o próximo passo caminhava para a decomposição.
Mesmo com questionamentos de cientistas e céticos, o experimento de Masaru Emoto conseguiu nos mostrar, claramente, que as palavras, assim como a energia que depositamos em algo ou alguém, fazem tudo ao nosso redor caminhar para o que realmente acreditamos”
Claro que você pode acreditar que as palavras têm poder etc. Mas vamos ser racionais. A pesquisa Masaru Emoto é algo totalmente questionável e pode ser combatida. Vamos lá. No caso da água, Emoto afirma que os cristais “bonitos” eram os submetidos às palavras agradáveis. Porém, é necessário analisar que “beleza” é uma convenção que se diferencia dentro de cada sociedade – assim, o que foi julgado bonito pelo próprio pesquisador que provou a tese?
Outro argumento que podemos utilizar é a linguagem. Afinal, a língua é uma construção dos seres humanos e, assim como o conceito de belo, diferencia-se em cada sociedade. Então, como o arroz poderia “adquirir” ou “aprender” a linguagem – japonês ou inglês – para compreender que trata-se de uma palavra agradável?
Largando o campo dos argumentos e partindo para os fatos, o cientista Kristopher Setchfield pesquisou a tese de Emoto. Krystopher afirma que o japonês estaria oferecendo uma ciência falsa para a população. Ainda, cita como exemplo a fundação James Randi Educational que oferece um milhão de dólares para qualquer um que prove algo sobrenatural ou paranormal. A fundação propôs o desafio a Emoto e não foi respondida.
Por fim, com as próprias declarações de Emoto de que não é um cientista, mas um fotógrafo, podemos chegar a uma conclussão. Seu trabalho foge do rigor de um experimento científico – fato que lhe rende críticas no meio. Com base em tudo isso, podemos dizer, com todo respeito ao “cientista” japonês, que a teoria do arroz que ouve palavras bonitas está longe de ser comprovada.