Boato – Documentos mostram que o coronavírus foi testado como arma biológica pelos chineses em 2015. Revelação foi feita na Sky News por Sharri Markson.
Passado mais de um ano do início da pandemia da Covid-19, muitas dúvidas ainda existem sobre a origem do Sars-CoV-2 (mais conhecido como “novo coronavírus”). Nos últimos dias, um suposto documento virou combustível para quem acredita que o vírus não passa de uma “arma biológica da China”
Publicações em sites e redes sociais brasileiras apontam que um documento provaria que o coronavírus já havia sido testado como arma biológica na China em 2015. A fonte apontada é a jornalista australiana Sharri Markson e a rede de TV Sky News. “BOMBA: DOCUMENTOS MOSTRAM CORONAVÍRUS SENDO TESTADO COMO ARMA BIOLÓGICA 5 ANOS ANTES DA PANDEMIA POR CHINESES”, diz a mensagem que circula online.
Documentos mostram que coronavírus foi testado como arma biológica pela China?
A história caiu (como mostra o próprio título) como uma bomba em redes sociais. Porém, a “versão brasileira” não passa de uma distorção do que foi dito pela jornalista australiana em relação ao documento de 2015.
Para tanto, procuramos pela reportagem que suscitou a história. Ao procurar pela matéria da Sky News podemos ver que, em nenhum momento, foi dito que o coronavírus “foi testado como arma biológica”. A matéria falava sobre um documento que falava sobre a possibilidade de transformar os vírus da família coronavírus (como o Sars-CoV-2) em armas químicas.
A própria matéria aponta algo importante no final. É dito que, apesar de investigações, não há qualquer comprovação de que o coronavírus tenha sido criado em laboratório (o que é corroborado, inclusive, pelo posicionamento da OMS após investigação sobre a origem do vírus). Ou seja: o documento não prova que o coronavírus é uma arma química e tampouco mostra que ele foi testado há cinco anos.
No Brasil, a Agência Lupa também desmentiu a informação. No texto da checagem, foi apontado que Sharri Markson vai lançar um livro sobre a origem da Covid-19 e que o que é chamado de “documento” não passa de um livro que já, inclusive, foi lançado e comercializado na China. Ou seja: não era um documento “tão secreto assim”.
Só contextualizando: uma repórter australiana se baseou em um documento de um pesquisador chinês para falar que havia sido discutida a possibilidade de o coronavírus ser utilizado como “arma biológica”. Porém, em nenhum momento há revelações de que foram feitos testes com vírus e também há provas de que o vírus seja artificial (algo que até a investigação da OMS refutou). Neste contexto, sites e perfis brasileiros distorceram a fala e apontaram para “testes do coronavírus como arma” (algo que não há provas de que ocorreu).
Resumindo: existe uma reportagem da Austrália falando sobre um documento chinês de 2015. Porém, nem a reportagem nem o documento apontam que o vírus foi “testa como arma biológica” pela China. Esse “toque” ficou por conta de perfis e sites brasileiros que deram aquela “espetacularizada” na história.
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