Boato – Relatório do governo do Reino Unido aponta que as pessoas que estão se vacinando contra a Covid-19 estão desenvolvendo aids (síndrome da imunodeficiência adquirida). A resistência das pessoas cai a cada mês.
Neste mais de um ano e meio de pandemia, o que não faltaram em relação a fake news foram teorias absurdas relacionadas a “efeitos da vacina” no corpo humano. Infelizmente, a atmosfera de medo criada em cima dessas informações falsas foi capaz de afastar algumas pessoas das vacinas. E hoje temos mais um exemplo absurdo.
Um texto publicado em páginas que divulgam conteúdo antivacinas levanta a hipótese de que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estariam desenvolvendo aids (síndrome da imunodeficiência adquirida). A prova disso seria um relatório que apontaria para a queda da imunidade natural do corpo humano contra organismos externos (vírus, bactérias etc.). Leia um trecho da história que circula online:
Relatórios do governo britânico sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida Os dados disponibilizados pelo governo britânico mostram que os vacinados em dose dupla estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Pessoas de 40 a 69 anos que receberam a dose dupla já perderam 40% da função do sistema imunológico.
Basicamente, as análises realizadas nessas pessoas vacinadas com dose dupla relatam que seu sistema imunológico enfraquece de 3,3% a 6,4% por semana. Os “governos corporativos” chamam de “vacina”, mas é uma verdadeira arma de destruição em massa projetada pela cabala bancária maçônica globalista para reduzir a população.
Vacinados contra Covid-19 estão desenvolvendo aids (síndrome da imunodeficiência adquirida)?
Infelizmente, o conteúdo se espalhou na internet e, possivelmente, pode ter causado mais medo em algumas pessoas. Porém (e, desta vez, felizmente), a tese descrita não só não procede como também é absurda. Não, amigão, as pessoas não estão “desenvolvendo aids” por estarem vacinadas.
Quando vimos a tese se espalhando, acabamos nos lembrando de um boato muito parecido que já desmentimos. Em abril deste ano, começou a circular uma tese que apontava que a imunidade natural do corpo humano caía logo após a primeira dose. Ou seja: o histórico já nos mostra que há algo estranho na mensagem que viralizou.
A partir daí, bastou buscar pela fonte citada para chegarmos à verdade. A história chegou a sites antivacinas no Brasil graças a uma publicação em um site antivacina no Reino Unido. E aí está o primeiro furo. Além de a fonte não ser nada confiável (não, queridão, site negacionista não é fonte confiável), descobrimos que a tese e as tabelas “comprobatórias” não estão no estudo citado. Foram simplesmente “tiradas do fundo” da mente do autor da acusação contra vacinas.
Ao olhar o estudo em questão, vimos que, em nenhum momento, ele trata de imunidade natural do ser humano. Na realidade, o “estudo” é um boletim periódico divulgado pelo serviço de saúde pública do Reino Unido que monitora a proporção de casos e mortes por Covid-19 entre vacinados e não vacinados.
Em nenhum momento, o estudo fala que vacinados têm queda na imunidade natural ou menos “adquirem aids”. A única queda apresentada (e esperada) com o passar do tempo é a de queda de anticorpos contra a Covid-19 de vacinados (aferida por meio de exames de sangue em voluntários). Mas aí há duas ponderações importantes a se fazer.
A primeira é que a queda de anticorpos (natural com todas as vacinas) pode ser compensada com a dose de reforço (que não causará nenhum problema à saúde das pessoas). A segunda e mais importante é que a queda de anticorpos não significa que as pessoas voltaram à estaca zero de proteção contra a doença.
Além dos anticorpos, a vacinação faz com que o corpo fortaleça a resposta imune celular (com os linfócitos T). Apenas eles já diminuem a chance de a pessoa ter casos graves da doença. E a prova disso está nos próprios estudos citados. Os casos graves e mortes continuam ocorrendo, na maioria absoluta, entre não-vacinados.
Resumindo: é falsa a informação que aponta que vacinados contra a Covid-19 desenvolvem aids. As acusações que circulam online se baseiam em interpretações erradas de um estudo. Estar vacinado é estar mais protegido contra a Covid-19, ao contrário do que aponta a tese negacionista que circula por aí.
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