Boato – Pfizer aprova patente para rastrear todos os vacinados por meio de microondas, GPS, grafeno e controle remoto.
Nas últimas semanas, fake news sobre as vacinas contra a Covid-19 voltaram a viralizar nas redes sociais e causar pânico entre as pessoas. No dia 21 de outubro de 2021, o próprio presidente Jair Bolsonaro compartilhou mais uma desinformação sobre os imunizantes e deixou muitos cientistas revoltados.
Se isso não bastasse, uma história absurda sobre as vacinas começou a ser compartilhada nas redes sociais. De acordo com a publicação, a empresa Pfizer teria aprovado uma patente para rastrear as pessoas vacinadas. Segundo a história, as vacinas teriam uma substância chamada grafeno que ficaria armazenada no tecido adiposo dos vacinados.
De acordo com a publicação, o rastreamento seria feito por meio de frequências de microondas pulsantes de 2,4 gHz. Ainda segundo a história, essas microondas seriam emitidas por redes de telefonia e satélites e todas as pessoas vacinadas estariam conectadas à Internet das Coisas (IoT) por uma ligação quântica dessas microondas. Confira:
Versão 1: “INTERNACIONAL – PFIZER RASTREIA VACINAS POR CONTROLE REMOTO – PATENTE. Fake? Veremos”. Versão 2: “Foi aprovada a patente da Pfizer para o rastreamento dos humanos vacinados no mundo todo por meio de microondas e grafeno armazenado no tecido adiposo dos vacinados. Essa solicitação de patente da Pfizer foi aprovada no dia 31 de agosto de 2021 e é a primeira patente que aparece em uma lista de mais de 18500 [requisições] com o propósito de rastrear o contato remoto de todos os humanos vacinados em todo o mundo que estarão ou estão agora conectados à “internet das coisas” por uma ligação quântica de frequências de microondas pulsantes de 2,4 gHz ou mais a partir das torres telefônicas e dos satélites diretamente ao óxido de grafeno armazenado no tecido adiposo de todas as pessoas que tomaram a injeção da morte”.
Pfizer rastreia vacinados por controle remoto e GPS de grafeno e microondas?
A informação viralizou rapidamente nas redes sociais, em especial, no Twitter e fez sucesso entre grupos antivacina. Apesar disso, a história não é verdade. A explicação fica por conta da origem da história e das informações absurdas.
Como já estamos cansados de repetir por aqui, infelizmente, histórias falsas sobre a vacina têm circulado com frequência. A equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras delas, como a que dizia que a vacina contra a Covid-19 estaria desenvolvendo AIDS entre os vacinados. Também a que indicava que um parasita chamado “A Coisa”, de alumínio e carbono, teria sido encontrado nas vacinas contra Covid-19 e, por fim, a que apontava que um bebê na Turquia teria nascido com malformação por causa de vacina contra a Covid-19 do tipo mRNA.
Resolvemos, então, buscar por mais informações sobre o assunto, mas não encontramos nada em fontes confiáveis. Ao analisar a fonte da história, percebemos se tratar de disseminadores de fake news. No Twitter, o perfil que começou a compartilhar a história já perdeu a conta diversas vezes (e bem, para se chegar a esse extremo, coisa boa, com certeza, não foi). Já o site argentino que é usado como fonte da história, na verdade, copiou o conteúdo de um site conspiracionista em espanhol (que já compartilhou outras fake news).
Além disso, as afirmações que sustentam a história são absurdas. A teoria de que vacinas possuem óxido de grafeno já foi desmentida aqui no Boatos.org. Na oportunidade, explicamos que essa teoria surgiu de outra fake news. Já a teoria de que as vacinas possuem alguma substância que podem nos controlar por meio de redes telefônicas (5G) também já foi desmentida aqui no Boatos.org. Na época, explicamos como essas ondas funcionam e porque é impossível que algo assim aconteça.
Se isso não bastasse, o documento compartilhado junto com as publicações sequer é da Pfizer. A patente está registrada no nome de Gal Ehrlich e Maier Fenster, advogados de patentes da “Ehrlich and Fenster”, em Israel. Os próprios advogados afirmaram que a patente não tem nada a ver com as vacinas em si. Na realidade, trata-se de um sistema para monitorar a possibilidade de infecção de pessoas com base em um algoritmo. Com isso, pessoas receberiam um aparelho eletrônico (similar a um pager ou celular) para realizar o monitoramento.
Em resumo: a história que diz que uma patente da Pfizer foi aprovada para rastrear por controle remoto, microondas e grafeno os vacinados contra a Covid-19 é falsa! A história surgiu em um site conspiracionista que já compartilhou outras fake news. Além disso, toda a história se sustenta em afirmações falsas que já foram desmentidas por diversos serviços de checagem. Por fim, o documento que acompanha as publicações sequer é da Pfizer. Ou seja, a história não passa de balela.
Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.
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