Hoje, é a vez da Carol Lira falar quais foram as cinco fake news que mais a impactaram em 2022.
Enquanto o Brasil e o mundo enfrentavam mais um ano de pandemia e se adaptava à nova realidade, as eleições e a polarização política movimentaram as fakes news e exigiu uma campanha intensa de combate à desinformação. 2022 está chegando ao fim, e como manda a tradição, chegou a hora do saldo das fake news mais absurdas que viralizaram neste ano.
Eleições, disputas políticas, guerra na Ucrânia, Covid-19 e a morte da Rainha foram alguns dos acontecimentos que serviram de inspiração para diversos boatos que circularam por aí. Com vocês, os cinco boatos mais absurdos que desmenti em 2022.
5 – OMS escolhe Brasil, Japão e Holanda como melhores países no combate à pandemia da Covid-19 #boato
Com mais de 600 mil mortes desde o início da pandemia, o Brasil se tornou um dos países mais atingidos pela Covid-19 no mundo. O número de mortes é resultado das estratégias de prevenção e combate à doença adotadas pelo país, que, ao contrário do que se imagina, não entrou no suposto ranking de melhores países no combate a pandemia da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Isso porque o que existe são dados sobre a pandemia, com os números de infectados, óbitos e vacinas. Em nenhum dos critérios, Brasil, Holanda e Japão aparecem como melhores. Na verdade, os dados divulgados pela OMS apontam que o Brasil está entre os três países que registraram o maior número de mortes pela Covid-19, ficando abaixo apenas dos Estados Unidos e Índia.
4 – Vídeo de boletins de urna de Minas Gerais mostram fraude contra Bolsonaro nas eleições 2022 #boato
Na quarta posição está um assunto que deu o que falar por aí: denúncias de suposta fraude em urnas eletrônicas. Durante o período eleitoral, antes mesmo do resultado das urnas, multiplicavam-se as informações falsas que questionavam a integridade do sistema eleitoral e atacavam as urnas eletrônicas.
Em uma delas, o alerta apontava que boletins de urna comprovariam uma suposta fraude na apuração dos votos registrados para presidente da República em Minas Gerais. Mesmo sem fontes, o vídeo viralizou entre grupos bolsonaristas e de negacionistas do sistema eleitoral. Só esqueceram de um detalhe: as imagens não foram registradas em Minas Gerais e tampouco comprovavam fraude no sistema eleitoral.
3 – Globo grava vinheta de fim de ano com Lula e Janja #boato
Em terceiro lugar, dois personagens que fizeram sucesso nas páginas do Boatos.org em 2022: Lula e sua esposa, Janja. Em outubro, uma mensagem apontava que o casal havia participado da gravação da vinheta de final de ano da TV Globo. A presença de artistas no vídeo fez com que muita gente acreditasse que a vinheta de fim de ano já estava no ar, mas a verdade é que o vídeo fazia parte da campanha do agora presidente eleito.
2 – Padre Kelmon foi integrante da banda Carrapicho #boato
No segundo lugar, uma história que me proporcionou boas risadas. Padre Kelmon (PTB), candidato à Presidência da República derrotado, se tornou uma figura controversa após o debate entre presidenciáveis da Rede Globo, quando na ocasião, a candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, o chamou de “padre de festa junina” e questionou se ele não tinha medo de ir para o inferno. Depois do “padre de festa junina”, o candidato à presidência do PTB voltou a chamar atenção após supostamente aparecer em uma foto da banda Carrapicho, sendo apontado como integrante do grupo. É claro que a história fez sucesso na web, mas tudo em vão, já que o padre nunca fez parte da banda.
1 – Exército colocou tanques na porta do STF e pede a prisão de Alexandre de Moraes #boato
A topíssima da lista é uma história que viralizou entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, sendo celebrada, inclusive, em manifestações em frente a quartéis do Exército pelo Brasil. A história apontava que o Exercício havia reagido e colocado tanques na porta do Superior Tribunal Federal (STF) e pedido a prisão do ministro Alexandre de Moraes. Porém, assim como nas outras versões, a notícia não é verdadeira. A explicação está na origem das informações e na falta de provas (e lógica também).