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Guia turística não foi barrada do STF por conta de camisa verde e amarela do Brasil

STF barrou guia turística por usar camisa verde e amarela do Brasil, diz boato (Foto: Reprodução/Twitter)

Boato – STF proibiu uma guia turística de visitar a sede do Supremo por causa de uma camisa verde e amarela do Brasil.

  Análise

Desde a última semana, está circulando na internet uma suposta denúncia que provaria que o STF se tornou “comunista”. Um vídeo de uma mulher que reclama de ter sido impedida de tirar fotos nas imediações da sede do Supremo Tribunal Federal está acompanhado de mensagens que apontam que isso ocorreu por conta de ela estar utilizando uma camiseta com as cores da bandeira do Brasil.

A mulher, que vestia uma camiseta verde e amarela, reclamava que não pode tirar fotos no local. Enquanto isso, mensagens que acompanham o vídeo falam em “camiseta vermelha”, “comunismo” e outras coisas. Leia:

Versão 1: Vejam esse verdadeiro absurdo. Alguém no STF, proíbe GUIA turística, de acompanhar seus Turistas para visita EXTERNA á Suprema casa da Justiça do BRASIL, pasmem, o motivo é, por estar usando uma camisa Verde e Amarela. Se fosse vermelha seria permitido ?

Versão 2: ‘Já estamos na ditadura comunista?’ – Guia turística diz ter sido barrada pelo STF por usar camisa do Brasil (veja o vídeo) – INACREDITÁVEL!!!!! INIMAGINÁVEL!!!! Se estivesse com a camiseta vermelha do molusco entraria??? ABSURDOOOOO!

A mensagem se espalhou em todas as principais redes sociais como Twitter, TikTok, Instagram e outras. A mensagem tem algumas características de fake news como o tom alarmista e os erros de português.

Na parte da checagem, vamos responder às seguintes perguntas: 1) É verdade que a mulher foi barrada da sede do STF em Brasília? 2) A mulher foi barrada por estar com uma camiseta com a bandeira do Brasil? 3) Tratou de uma medida “comunista” por parte do STF?

Checagem

É verdade que a mulher foi barrada da sede do STF em Brasília?

De acordo com o relato da guia turística e do STF, sim. Ela aponta que não pode chegar próximo da estátua A Justiça, que fica junto à sede do Supremo. Relatos apontam que o caso ocorreu na última quarta-feira (23).

A mulher foi barrada por estar com uma camiseta com a bandeira do Brasil?

Não. Quando a história continuou circulando, o STF lançou uma nota esclarecendo o que ocorreu. Ela apontou que a mulher e as pessoas que a acompanhavam foram impedidas de entrar na parte protegida pelo gradil na sede do Supremo Tribunal Federal. Para entrar na área, é preciso, por questões de segurança, de autorização prévia e não se trata de uma questão de vestimenta.

A questão da vestimenta ocorre apenas no caso de a pessoa entrar no Plenário do STF. Aí sim haveria necessidade de um traje social. Leia a da assessoria da corte:

Um vídeo que circula nas redes sociais e no qual uma guia turística diz que foi impedida de acompanhar seus clientes em visita ao STF por estar trajando seu uniforme costumeiro, nas cores verde e amarelo, traz alegações falsas.

A verdade é que para acessar a área circundada pelos gradis é necessário agendar uma visita ao Supremo. O Tribunal, assim como qualquer local público de uso especial, tem regras de acesso. Mas não houve qualquer impedimento para a profissional registrar fotografias do lado externo do gradil.

No dia, uma quarta-feira, ocorria sessão plenária no plenário do Supremo. Caso quisesse assistir à sessão plenária, haveria necessidade de uso de traje social. A visitação ao Palácio do STF ocorre em 4 horários, sendo que, nos dias de sessão Plenária, elas ocorrem apenas no turno da manhã.

Tratou de uma medida “comunista” por parte do STF?

Não. Conforme explicado na nota, o fato de a camisa da guia ser verde e amarela não influenciou na decisão de não permitir a visitação ao local protegido pelo gradil. Se a camiseta fosse vermelha e não existisse a autorização, ocorreria o mesmo.

Conclusão

Boato sem comprovação 👎

Não há comprovação de que o STF tenha proibido a presença de uma mulher em um local por ela estar com a camiseta com as cores da bandeira do Brasil. O próprio Supremo Tribunal Federal esclareceu que a proibição não teve nada a ver com uma medida “antipatriótica”.

Ps: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo siteFacebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.

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