Se você tentar seguir todas as dicas de segurança que vê no Facebook e no WhatsApp, sua vida vai virar um inferno. Conheça o Cândido e saiba o que aconteceu quando ele resolveu aplicar 12 dicas de segurança falsas que leu no WhatsApp e no Facebook.
É inegável que as redes sociais mudaram os nossos hábitos de vida. Mas pode ter certeza que nem sempre essa mudança é para melhor. Para exemplificar isso, vamos contar a história do Cândido (personagem fictício, né), que era muito inocente e acreditava em tudo que lia na internet.
Certo dia, Cândido pegou o seu carro e foi ao posto de gasolina. Na hora de distribuírem um chaveiro de brinde, ele arrancou com o carro e acelerou o máximo que pode para escapar dos canalhas que queriam dar “como brinde”, um chaveiro localizador.
No meio do caminho, viu um cone no canteiro da pista. Aí freou bruscamente e quase perdeu o controle do veículo. Pelo menos, ele passou lentamente pelo local. Ainda conseguiu ver um radar escondido pela “indústria de multas” dentro do cone. Mais aliviado, parou num semáforo.
Ficou nervoso novamente quando viu um flanelinha se aproximar. Viu líquido na mão dele e teve certeza que era a tal água com anestésico que eles costumam usar para roubar as pessoas. Cândido ficou com mais medo quando viu que o flanelinha borrifou um líquido no vidro dele. Poderia ser o ácido que eles usam para derreter vidros e realizar roubos.
O nosso amigo ainda estava em dúvida se furava o farol vermelho. Mas tomou a decisão quando homens se aproximavam com ovos. Para ele, com certeza eram as pessoas que jogavam ovos no para-brisas também para realizar roubos. É, desta vez ele acelerou e acabou tomando uma multa.
Estressado, parou em um shopping para relaxar. Mas não conseguiu. Primeiro, ele viu uma enfermeira medindo a glicose das pessoas. Mal elas sabem que pode ser uma louca que injeta HIV nas pessoas. Depois, ele viu uma pesquisa na porta de cinema. “São sequestradores querendo roubar nossos dados”, pensou enquanto voltava para o carro sem ver o filme que já tinha pago pelo ingresso.
Já voltando para a segurança do lar, viu uma criança perdida na rua mas ignorou. Ele sabia que era mais um golpe dos bandidos para realizar sequestros relâmpagos. Acelerou e passou do limite de velocidade (quando chegar a multa, vai botar a culpa no cone com radar escondido) antes de chegar em sua residência.
A campainha tocou, mas ele não atendeu. Cândido, bem-informado, sabe que há bandidos disfarçados de agentes de combate à dengue, vendedores de colchões e agentes do IBGE. Ele também tomou a decisão de desligar o celular para não ter risco de receber uma ligação que clonasse o telefone. Antes disso, deu uma passada no Facebook e WhatsApp para procurar por novas dicas de segurança.
Se você não entendeu nada do que está descrito acima, todas as ações de Cândido (personagem fictício, claro) fazem partes de dicas de segurança que circulam online e foram desmentidas no Boatos.org. Confira:
1 – Chaveiros localizadores são distribuídos em postos de gasolina
2 – Radar escondido em cone gera multas
3 – Flanelinhas vendem água com anestésico veterinário em semáforos
4 – Flanelinhas borrifam ácido em vidros
5 – Polícia alerta para assalto com ovos no para-brisas
6 – Enfermeira está passando HIV em testes de glicose
7 – Pesquisa em portas de cinema é feita por sequestradores
8 – Nova modalidade de assalto usa criança chorando na rua
9 – Bandidos se disfarçam de agentes de controle da dengue
10 – Ladrões se disfarçam de vendedores de colchões