Boato – Quem não compartilhar a história de Clarrisa verá uma menina morta
No mês que o Google anuncia o fim do Orkut, nada melhor do que lembrar todas as singularidades daquela rede social. Afinal, quem não lembra das correntes compartilhadas? A maioria eram histórias de terror que falavam que você seria morto caso não compartilhasse o texto com dez pessoas.
Recentemente, o Facebook recebeu uma nova história com o mesmo perfil do Orkut. Segundo o texto, divulgado em larga escala na página Frases Assustadoras, trata-se da história de Clarissa, uma menina de dez anos de idade que morou em um hospital psiquiátrico por matar os pais.
Ao final do texto, percebe-se uma frase bem comum: se você não copiar a mensagem em dez comentários acontecerá algo ruim – no caso, dizem que você verá uma menina morte em seu quarto. Afinal, seriam verdadeiras essas correntes divulgadas na internet? Confira o texto na íntegra abaixo e descubra:
“AVISO! Continue a leitura! Ou você vai morrer, mesmo se você apenas olhou para o aviso da palavra! Uma vez que havia uma menina chamada Clarissa, ela era dez anos de idade e ela viveu em um hospital psiquiátrico, porque ela matou sua mãe e seu pai. Ela ficou tão ruim que ela foi para matar todos os funcionários no hospital, então o governo mais decidi que a melhor idéia era se livrar dela, então montaram uma sala especial para matá-la, tão humano como possível, mas deu errado da máquina que estavam usando deu errada. E ela se sentou lá em agonia por horas até que ela morreu. Agora toda semana no dia de sua morte, ela retorna para a pessoa que lê esta carta, em uma noite de segunda-feira, às 12:00 Ela arrasta-se em seu quarto e te mata lentamente, cortando-lhe e assistindo você sangra até a morte. Agora enviar isso a dez outras imagens neste site uma, e ela vai assombrar outra pessoa que não. Isso não é falso. aparentemente, se você copiar e cole-o em dez comentários nos próximos dez minutos você terá o melhor dia da sua vida amanhã. você irá obter beijou ou perguntou, se você quebrar essa cadeia você vai ver uma menina morta no seu quarto hoje à noite. em 53 minutos alguém vai dizer eu te amo ou lameto”
Obviamente a história de Clarissa não passa de uma mentira. Não sobram casos de pessoas que leram o texto e não viram nenhuma menina morta. Vale também analisar a qualidade do texto, que deixa a desejar ao escrever ideia com acento e lamento sem “n”. Além de uma questão de coesão interna do texto, que mostra frases ininteligíveis.
Por sorte, o blog Doce Psicose reuniu algumas correntes, muito parecidas com essa, que circulavam no Orkut. Era o caso de Gustavo, um rapaz que matou a mãe quando, também, tinha dez anos. E, como na história de Clarissa, você devia divulgar a história em outros espaços.
Também, circulava pelo Orkut, a história de João sem dedo: um rapaz que perdeu um dedo em um assalto e, caso você não compartilhasse a história, você perderia um dedo. Porém nenhuma das histórias ganhou tanta atenção quanto a de Samara:
“Oi meu nome é Samara, tenho 14 anos (Teria se estivesse viva), morri aos 13 em Cascavel-PR. Eu andava de bicicleta Quando não pude desviar de um arame farpado. O pior foi que o dono do lote não quis me ajudar, riu bastante de mim após agonizar por 2 horas enroscada no arame eu faleci, através dessa mensagem eu peço que façam com que eu possa descansar em paz. Envie isso para 20 comunidades e minha alma estará sendo salva por você e pelos outros 20 que receberão. Caso não repasse essa mensagem vou visitar-lhe hoje a noite assim você poderá conhecer o tal arame bem de pertinho. Dia 15 de Julho Mariana resolveu rir dessa mensagem, uma noite depois ela sumiu sem deixar vestígios. O mesmo aconteceu com Kare dia 18 de Outubro. Não Quebre essa corrente, por favor, a não ser que queira sentir a minha presença”.
Ou seja, nenhuma das histórias é verdadeira. Tanto que existem vários pontos em comum em todas elas, ou seja, seguem um padrão. Como algo ruim acontecendo caso você não compartilhe e a figura de uma criança envolvida. Na realidade, só recuperaram as famosas correntes do Orkut e vincularam no Facebook. No fim das contas, nenhuma das histórias é verdadeira.