Boato – Postagem da TV Revolta, página do Facebook, dá conta que brasileiro tem poder de compra cada vez menor com o real nos últimos anos.
A TV Revolta ganhou os holofotes com publicações que criticam o governo da presidente Dilma. A página do Facebook foi criada em 2011 e tinha 1,2 milhão de seguidores até março, de lá para cá já chegou aos 3,6 milhões.
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A página, juntamente com o canal no YouTube, viraram um fenômeno de audiência. João Revolta, como se autodenomina o dono da página, reuniu uma multidão de pessoas que, supostamente como ele, estão indignadas com tudo, absolutamente tudo, que vem acontecendo no país.
O cara detona os pobres, preguiçosos e vagabundos que dependem de programas sociais, ao mesmo tempo em que defende Rachel Sheherazade, idolatra Joaquim Barbosa e afaga a polícia.
Uma publicação que vem dando o que falar é uma linha do tempo que fala sobre a desvalorização do real ao longo dos anos. Em 1997, o carrinho cheio com R$100,00, passando por 2005, 2013 até chegar em 2014, onde com os mesmos R$100,00 o consumidor mal compra um condimento.
Qualquer um percebe, tirando os extremamente alienados, que a postagem, digamos, não tem nada a ver. Um conjunto de informações mal colocadas, com um toque de “vamos polemizar” e está feito. É fato que dá para comprar menos coisas com R$ 100 reais em 2014 do que 3m 1997. Porém, é preciso pensar mais do que isso.
Com o passar dos anos, o salário mínimo se valorizou assim como os preços. Aliás, é regra o salário mínimo aumentar com o IPCA + taxa de crescimento do país. Em 1994, na criação do Plano Real, um salário mínimo comprava 1,02 cestas básicas. No fim do segundo mandato de FHC o mínimo comprava 1,42 cestas básicas. O mínimo teve uma forte política de reajuste acima da inflação desde o governo Lula, totalizando a compra de 2,21 cestas básicas, em 2013.
Em 1997, uma cesta básica custava R$117,68 e o salário era R$120,00. Em 2014 uma cesta básica custa R$230,00 e o salário é R$724,00. Nesse sentido, o carrinho está cada vez mais cheio!
Resumindo: é claro que o salário mínimo do Brasil está longe de ser o ideal. Porém, é preciso analisar com critério dados apresentados na internet sobre a valorização ou desvalorização monetária.