Boato – O Rock in Rio é financiado pela Lei Rouanet, dinheiro do governo federal, para colocar atrações lixos.
Análise
Os primeiros shows do Rock in Rio já ocorreram durante a semana passada. O line-up (lista de atrações) decepcionou alguns dos mais saudosistas. E neste sentido, uma história tem circulado na internet.
De acordo com mensagens que circulam na internet, o Rock in Rio estaria ganhando dinheiro do governo federal, via Lei Rouanet, para ter atrações muito abaixo de outrora.
“Rock in Rio 40 Anos do luxo aos lixos musicais brasileiro faz o L, a lei Rouanet sustenta essa merda”, diz uma das mensagens que circula na internet.
Checagem
A história circulou com força na internet, mas não procede. Para realizar a checagem do conteúdo, vamos responder às seguintes questões: 1) É verdade que o Rock in Rio é financiado pelo governo federal via Lei Rouanet? 2) O Rock in Rio já foi ou tentou ser financiado pela Lei Rouanet? 3) As críticas as atrações do festival em 2024 são justas?
É verdade que o Rock in Rio é financiado pelo governo federal via Lei Rouanet?
Não. Na lista de patrocinadores do Rock in Rio não consta o governo federal ou há qualquer tipo de fundo recente aprovado para o financiamento do projeto na página do Versalic (que lista os financiamentos públicos).
O Rock in Rio já foi ou tentou ser financiado pela Lei Rouanet?
Na mesma página, há alguns projetos relacionados ao Rock in Rio listados. Entre eles, as edições do Rock in Rio de 2011 e 2013. Em 2015, tentou-se captar valores para a realização do projeto, mas ele foi cancelado. Há, ainda, projetos relacionados ao Rock in Rio que constam no Versalic. Porém, não se trata de organização do projeto.
As críticas as atrações do festival em 2024 são justas?
Esta é mais uma questão de opinião. É claro que o nome do Queen não deveria nem estar escrito na mesma frase do que de nomes como os “trappers brasileiros”. Porém, a mensagem oculta alguns fatores.
O primeiro é que os “trappers” (como Oruam, que está na imagem) não são atrações principais do Rock in Rio. O segundo é que a edição deste ano tem, sim, nomes de respeito (inclusive para os saudosistas) como Deep Purple. O terceiro é que precisamos (apesar de não concordar) que nomes como dos “trappers” têm apelo entre uma parte do público jovem. Se o festival só mantivesse “clássicos”, viraria um festival de velhos.
Conclusão
Não é verdade que o Rock in Rio esteja utilizando recursos da Lei Rouanet para realizar o festival e trazer atrações como Oruam. O que está circulando é metade informação errada metade informação enviesada.
Fake news ❌
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