Boato – Ju Peng, de 19 anos, criou um anúncio na internet no qual oferece sexo por hospedagem durante viagem que vai fazer na China.
No final do mês de outubro de 2014, uma notícia começou a circular em grandes portais brasileiros e chamou atenção na internet. A informação dava conta de que a chinesa Ju Peng, de 19 anos, criou um anúncio na rede social Weibo procurando “namorados temporários”. De acordo com o texto, ela queria viajar pelo país asiático e estaria trocando favores sexuais por hospedagem.
Peng apontou que só tinha alguns requisitos para aceitar a proposta: o candidato teria que ter menos de 30 anos, mais de 1,75m e ser rico. Entre todos os textos que circularam na internet (saiu no G1, Uol, Terra etc), veja esse, que foi publicado no Catraca Livre:
Chinesa troca encontros sexuais por hospedagem para economizar em viagens
É comum trocar um trabalho voluntário em troca de hospedagem em um país desconhecido. Com a chinesa Ju Peng, 19 anos, não foi diferente. Entretanto, o seu modelo para financiar uma viagem pela China foi bem diferente do convencional: ela dorme com um homem em cada cidade que visita.
Para anunciar o financiamento da viagem, Ju postou um pequeno recado na rede social chinesa Weibo. A chinesa procura, de acordo com o relato na rede social: “(..) namorados temporários, que tenham boa aparência, menos de 30 anos, com altura de mais de 1,75m e, é claro, com dinheiro”. E ainda completou: “Vou usar a minha beleza para ter tudo o que quero”.
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É claro que a história causou estrondo nas redes sociais. Na China, mulheres criticaram a atitude dela e homens estavam tentando a vaga de namorado temporário. No Brasil, os comentários ficaram mais no conservadorismo do que em outra coisa. Mas, na realidade, todos caíram em uma pegadinha de uma empresa.
O The Telegraph matou a charada ao apontar que a história não passava de uma jogada publicitária para promover um aplicativo de encontros chamado Youjia (similar ao Tinder). O jornal ainda apontou que reportagens de jornais chineses noticiavam que a Justiça do país asiático estava de olho nessas jogadas de marketing da empresa.
Resumindo: a história não passou de uma jogada de marketing que enganou a mídia internacional e, em consequência, também enganou os portais de notícias do Brasil que trabalham “pegando notícias” desses sites. Ou seja, a linda Ju Peng não existe. E se existe, não vai passar na sua casa para lhe conceder favores.