Boato – Presidente Dilma mandou iluminar o Palácio do Planalto com luz vermelha para provocar nação brasileira. Cor faz alusão ao comunismo.
Eduardo Cunha colocou a cereja em cima do bolo político na quarta-feira, 2 de dezembro. Ao aceitar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a troca de farpas entre os dois personagens principais de Brasília (que já ocorria há meses) só se intensificou, e com elas, um sem fim de opiniões divididas contra e a favor do impeachment.
Acontece que em resposta à nação brasileira contrária ao seu governo, Dilma resolveu provocar todo mundo e iluminou o Palácio do Planalto com luz vermelha. A cor foi escolhida por ser reconhecidamente atribuída ao movimento esquerdista, principalmente o Comunismo.
Pois bem, é essa a história que tem se espalhado muito rápido no Facebook. A foto do Palácio do Planalto todo vermelho foi postada na página Partido Anti-PT, já foi compartilhada por 45.750 pessoas e recebeu mais de 19 mil curtidas. Com a foto, a revolta escrita em letras garrafais:
‘A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF PROVOCA A NAÇÃO BRASILEIRA AO INSTALAR LUZ VERMELHA NO PALÁCIO DO PLANALTO’
Não pessoas, Dilma não instalou luz vermelha no Planalto (até porque a presidente não instala coisas, ela dá a ordem para instalarem, risos). Piadinha a parte, essa história é completamente falsa mesmo. De fato o Palácio do Planalto foi iluminado de vermelho, porém não em resposta ao pedido de impeachment nem para fazer apologia a partido e/ou movimento nenhum.
O Planalto foi iluminado com essa cor para participar da Campanha Dezembro Vermelho, em alerta à prevenção da AIDS e em homenagem ao Dia Mundial de Combate à doença. Monumentos de outras cidades, como o Rio de Janeiro e Fortaleza também foram iluminados de vermelho por causa da campanha. Em Brasília, até o outro lado da força – o Congresso – fez o mesmo.
‘Meu Deus, vivemos em um país de comunistas!’. Não, vivemos em um país multipartidário em que pequenas ações são realizadas em datas e ocasiões comemorativas. Há pouquíssimo tempo ocorreu o mesmo em solidariedade à França pelos atentados de 13 de novembro em Paris.
Agora, a pergunta do dia: e se compartilhássemos esse texto com as cerca de 70 mil pessoas (considerando todas as interações) que acreditaram nessa história muito mal inventada? Isso sim seria uma baita provocação. E uma super campanha.
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