Boato – O comercial “Selfie” do Banco do Brasil, que foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro, custou R$ 17 milhões para ser produzido.
Nos últimos dias, uma polêmica envolvendo um comercial de televisão (e internet) chamou atenção. Sob a alegação de o comercial não “condizer com a linha do governo”, a peça publicitária “Selfie” foi tirada do ar pelo presidente Jair Bolsonaro.
É claro que a decisão causou muita polêmica na internet. No meio de tudo isso, uma informação surgiu: a de que a peça publicitária, de 30 segundos, teria tido um custo de produção de R$ 17 milhões. Logo, uma comparação com o filme Tropa de Elite (que teria custado R$ 11 milhões) apareceu. Leia duas versões da mensagem que circularam online:
Versão 1: COMERCIAL VETADO POR BOLSONARO CUSTOU AO BANCO DO BRASIL 17 MILHÕES. Segundo assessoria do Banco do Brasil, o comercial vetado custou 17 MILHÕES a estatal. Pra comparar, o filme Tropa de Elite inteiro custou 11 MILHÕES. O CUSTO REAL seria ainda de 400 mil. 17 milhões? Tem que privatizar mesmo.
Versão 2: Agora entendi a VERDADE, sobre a Polêmica do Comercial do Banco do Brasil, onde o Presidente Bolsonaro VETOU este comercial!! A Imprensa, a Esquerda, etc, caíram em cima, criticando o veto, e alegando que o mesmo fez isso, devido o Comercial conter cenas de Diversidade!!! Nada Disso!!!!!!!! Assista o vídeo abaixo!! O Comercial de 30 Segundos, horroroso, na minha opinião e que seria algo de baixo custo ( 400 mil reais) sugere o vídeo!!! Valor do Comercial: 17.000.000,00 ( Dezessete Milhões de Reais)
Comercial do Banco do Brasil vetado por Bolsonaro custou R$ 17 milhões?
É claro que o custo de produção absurdo foi utilizado como mais um motivo para o comercial ter sido tirado do ar. Mas será mesmo que o comercial do Banco do Brasil que foi tirado do ar por Bolsonaro custou R$ 17 milhões? A resposta é não. Calma aí que a gente explica tudo.
O que aconteceu, na realidade, foi um mal-entendido causado por uma informação contida em uma matéria de um grande veículo de mídia. Na matéria, havia a informação de que “segundo fonte ouvida pela reportagem, o comercial custou R$ 17 milhões”. Só tem um detalhe: esse valor inclui o custo por veiculação.
Na realidade, o custo de produção foi de cerca de R$ 1 milhão. A informação real foi publicada em alguns sites (como o Antagonista e o Janela, voltado para o meio publicacitário). Com a dúvida sobre qual seria a informação correta, entramos em contato com a assessoria do Banco do Brasil. A resposta foi a seguinte:
Em razão de informações veiculadas sobre o valor do filme publicitário referente à abertura de contas corrente por celular, o Banco do Brasil esclarece que o custo da produção do vídeo foi de aproximadamente R$ 1 milhão.
Cabe destacar que o valor de R$ 17 milhões, divulgado pelo Banco do Brasil, engloba a produção do vídeo e das peças publicitárias e, principalmente, a compra de espaço nas mais diversas mídias, como TVs aberta e fechada, internet, rádio e demais meios, durante 15 dias.
O Banco do Brasil esclarece ainda que o valor total despendido na campanha está alinhado com o que se pratica no mercado para iniciativas publicitárias com a mesma abrangência e finalidade.
Todos os requisitos e regulamentações para contratação da campanha publicitária foram integralmente obedecidos pelo Banco do Brasil.
Resumindo: a história que aponta que o comercial vetado por Bolsonaro custou R$ 17 milhões é falsa. A peça, na realidade, custou R$ 1 milhão. O resto da “grana” seria aplicada na veiculação do vídeo em TV e internet.
Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61)99177-9164.