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Atualizado: Dilma e o cachorro sacrificado em Brasília

Atualização: ao contrário do que a assessoria de Dilma, irresponsavelmente, informou ao Boatos.org, o cão Nego foi sacrificado. Na segunda-feira (12), a seguinte nota foi publicada. Nela, percebe-se que havia muitas informações desencontradas com o que saiu na mídia como, por exemplo, o número de cães dela (que são cinco e não dois). Em defesa à Dilma, a assessoria tenta fazer o que deveria ter feito antes: explicar as causas da ação e não negar. Infelizmente, a essa altura qualquer justificativa (mesmo que eventualmente correta) vem tarde demais para ser aceita. Leia o texto:

NOTA À IMPRENSA

A respeito das notas publicadas pela imprensa sobre a morte do cachorro Nego, a Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff esclarece:

1. Não procede a informação de que Dilma Rousseff tenha “abandonado” o labrador Nego, que ganhou de José Dirceu em 2005. Ao lado dos outros cães de estimação da ex-presidenta – todos adotados: os labradores Boni, Galego e Princesa, além da cadelinha Fafá –, Nego foi amado por Dilma e sua família desde que passou a viver com ela em Brasília, nos tempos em que era ministra-chefe da Casa Civil.

2. Animal de grande porte, com quase 1,70m, Nego tinha três anos de idade quando passou a viver com Dilma. Aos 14 anos, desde dezembro de 2015, vinha sofrendo. Além da idade avançada, foi diagnosticado pelo veterinário como portador de mielopatia degenerativa canina.

3. Sob cuidados e orientação do médico-veterinário, Dilma prolongou ao máximo que pode o conforto e as necessidades de Nego. Há dois meses, o médico recomendou que fosse abreviado o sofrimento do cão, um dos prediletos de Dilma. Relutante, ela adiou a decisão até pouco antes de deixar o Palácio da Alvorada, na semana passada, e mudar-se para Porto Alegre.

4. Dilma sempre teve amor por animais de estimação. Adotou Fafá quando percorria as ruas de Brasília em uma caminhada e encontrou a cadelinha abandonada no Lago Sul. A acolheu e passou a cuidar dela com amor, atenção e carinho. Fafá permanece com uma das tias da ex-presidenta, que a levou para Belo Horizonte, onde vai ficar até que Dilma a transfira para Porto Alegre, em novembro.

5. Já a labradora Princesa está com o ex-marido de Dilma, o advogado Carlos Araújo, em Porto Alegre. Quanto aos outros cães – os labradores Boni e Galego – Dilma optou por deixá-los com amigos que vivem em Brasília, porque não havia como levar os dois para morar no apartamento que tem em Porto Alegre.

Pedimos desculpas aos nossos leitores e lamentamos o fato de termos sido enganados por quem, aparentemente, teria que nos repassar a informação mais precisa.

Para mais detalhes, leia este link

Segue texto que estava publicado anteriormente no site. 

Boato – Ao ir embora de Brasília, Dilma Rousseff mandou cachorro labrador Nego ser sacrificado. Ela abandonou o cão de estimação por não ter coração. 

O impeachment passou e Dilma já foi embora de Brasília. Mas como com quase tudo relacionado aos atos dela nos últimos meses, a volta da ex-presidente para o Sul do país também foi conturbada. A polêmica desta vez girou em torno de um cachorro da raça labrador: o Nego.

Dilma mandou sacrificar Nego, o cão de estimação, diz boato
Dilma mandou sacrificar Nego, o cão de estimação, diz boato

Com Dilma desde 2005, o cachorro, que já foi José Dirceu e garoto-propaganda da campanha eleitoral para presidente em 2010, acabou virando protagonista de uma especulação que fez diversos veículos de mídia se contradizerem. Alguns disseram que ela o abandonou. Outros, como o blog O Antagonista, apontaram que ela mandou matar o cachorro. Outros, como a Folha, disseram que ela deixou o animal por recomendação do veterinário. A Época, ainda, disse que ela levaria o cão para o Sul. Leia os textos que circularam online:

Dilma mandou sacrificar Nego

A imprensa divulga que Dilma não vai levar para Porto Alegre o labrador Nego, herdado de Zé Dirceu em 2005. A versão é de que um assessor ficará cuidando do animal, que está com a saúde frágil. Mas O Antagonista foi informado de que a petista mandou sacrificá-lo.

Em ato desumano, Dilma abandona cão de estimação

Em 2005, Dilma herdou um cão labrador de Zé Dirceu. Seu nome é “nego”.
O cão, hoje com 14 anos, já foi utilizado em campanhas eleitorais da golpista Dilma – seria uma forma de “humanizá-la” -, mas será abandonado pela ex-presidente, que sairá esta semana de Brasília.

A versão dada é que o cão ficará com um assessor, que cuidará do animal, pois, com idade avançada, ele não poderia viajar. Parece papo furado. Segundo o Antagonista, Dilma teria mandado sacrificar o animal. A conferir. Torcemos para que isso não ocorra, pois “nego” não merece isso.

Animais de estimação das raças labrador e daschund partem para a residência da ex-presidente no Rio Grande do Sul

A ex-presidente Dilma Rousseff definiu o destino de seus dois cachorros de estimação. Nego, um labrador preto que lhe foi presenteado pelo petista José Dirceu, e Fafá, uma fêmea de daschund encontrada perdida nas ruas de Brasília, serão levados para o apartamento de dois quartos da ex-presidente em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Se não houver contratempos, Dilma embarcará para a capital gaúcha nesta terça-feira (6), véspera do feriado de 7 de setembro.

Dilma abandonou cachorro para ser sacrificado em Brasília?

É incrível o nível em que chegam os ataques políticos. Independentemente de serem esquerda ou direita, os ataques atingem até as características mais íntimas das pessoas (como a crueldade com animais e “não ter coração”). Resolvemos apurar a história direitinho e descobrimos que não tem nada de falta de coração de Dilma e muito menos de sacrifício de cachorro. E sim, a versão mais próxima da realidade é a da Folha e não do Antagonista ou da Época.

Para começar, Nego é um cachorro muito velho e a recomendação dos veterinários foi que ele não viajasse para Porto Alegre. Quatorze anos é uma idade avançada para um labrador. Ou seja, Dilma seguiu uma recomendação de um especialista para não viajar com ele. Vale lembrar que a vida atribulada da ex-presidente não permite que ela dê o cuidado que o cão merece.

Falamos com assessoria de Dilma e foi apontado que o animal ficará com um amigo da ex-presidente, em Brasília. Isso derruba a segunda tese, lançada pelo site do não tão simpático ao PT Diogo Mainardi: a de que ela mandou sacrificar o cachorro. Isso derruba também a tese que ele foi mandando para Porto Alegre.

Vale lembrar que se Dilma fosse “tão ruim” com animais, ela não teria recolhido da rua uma cachorra em 2015. Detalhe: sem o veto dos médicos, Fafá vai sair de Brasília. Ainda não se sabe se ela ficará com Dilma. De acordo com a assessoria, talvez Fafá fique com uma tia da ex-presidente em Belo Horizonte.

Resumindo: ao contrário do que foi apontado, ela não abandonou o cachorro Nego e tão pouco mandou matar ele. Também não vai levá-lo. O que aconteceu foi uma recomendação para que ele não viajasse e a decisão de deixar o cachorro com alguém que possa cuidar melhor dele. Tudo além disso é factoide e boato.

Ps.: Esse artigo foi uma sugestão do leitor Robson Fernando de Souza. Se você que sugerir um tema para o Boatos.org, entre em contato pelo site ou Facebook.