Boato – Língua inglesa pode ser retirada do currículo Escolar brasileiro a partir de 2015. Projeto de deputado prevê isso.
O mundo está cada vez mais moderno. Atualmente, com a globalização e a internet, conseguimos ter acesso a informações de todo lugar e, além disso, ver os noticiários de vários países. Porém, para entendê-los é necessário compreender línguas estrangeiras. Hoje em dia, saber só o idioma local não te torna uma pessoa culta e preparada para o mercado, há a necessidade de ter o mínimo de domínio do idioma de outro país.
No Brasil, nossas escolas têm, a partir do ensino médio, o ensino obrigatório de língua espanhola e inglesa. As instituições em geral ensinam o Inglês a partir do quinto ano do ensino fundamental. Isso porque em 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabeleceu a obrigatoriedade do ensino no ginásio.
No entanto, o idioma foi introduzido no currículo escolar brasileiro em 1809, por decreto de Dom João VI, a fim de estreitar relações com a Inglaterra (o francês também foi incluído). Em 1961 houve a suspensão da obrigatoriedade das línguas estrangeiras resgatada apenas em 1976.
De volta a 2014, nos deparamos com o deputado federal Francisco Praciano (PT-AM) que tem a intenção de tirar essa importante ferramenta de ensino das escolas brasileiras. Não é o primeiro político que aparece com uma ideia mirabolante. Lembram-se do deputado que quer proibir a importação de livros? Agora outro quer acabar com o ensino da língua inglesa nas escolas, ensino este que já é escasso e deveria ser melhorado, considerando-se que o Inglês é o idioma mais falado no mundo.
O site Implicante.org discute o assunto. Confira a seguir:
‘A língua inglesa pode ser retirada do currículo Escolar brasileiro a partir de 2015, se a Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovar um projeto que considera o Ensino da disciplina irrelevante, ou seja, sem nenhuma importância para o currículo educacional.
O projeto inicial do deputado federal Francisco Praciano (PT), membro titular da comissão especial que foi criada para promover, apresentar e debater propostas para a reformulação do Ensino médio, foi aprovado ontem.
A comissão parlamentar pede ainda uma audiência pública para debater o que Praciano chamou em seu relatório de “notório fracasso do processo de Ensino-aprendizagem de língua estrangeira nas Escolas do Ensino médio do nosso país”.
No pedido de audiência pública, o deputado amazonense transcreveu alguns trechos dos parâmetros curriculares nacionais para o Ensino médio, mas criticou severamente a forma como a disciplina vem sendo lecionada em sala de aula’.
Primeiro é preciso lembrar que o ‘ontem’ mencionado no trecho é fato vencido, já que a postagem é de março de 2013.E a afirmação sobre a possibilidade da língua inglesa ser retirada da grade curricular também está ultrapassada. Atualmente o projeto encontra-se arquivado, foram feitas audiências públicas para debater o tema e certamente ficou claro que a sociedade é totalmente contra uma aberração como esta. Precisamos melhorar o aprendizado e não deteriorá-lo mais ou aboli-lo.
A história foi a seguinte: o portal Todos pela Educação publicou o boato em 2013 e essa notícia já foi retirada do site. Só que uma vez na internet, já era, o conteúdo exposto continua circulando pela web. Além disso, o próprio deputado afirmou que o fato todo foi uma confusão divulgada de maneira errônea. Mas será isso verdade? Ou ele percebeu que o projeto é tão absurdo que mandou até retirar a matéria do site oficial do governo?
Não dá para saber. O que sim fica claro é que, como estamos em ano eleitoral, tudo que envolva os partidos ligados aos cargos de representatividade brasileiros terá uma grande repercussão.
A ideia de um deputado do PT disposto a excluir o ensino do idioma mais requisitado em currículos profissionais, processos seletivos e afins é divulgada como a peça de um grande esquema de alienação da população e torna-se um prato cheio para especulações. Típica lógica dos boatos.