Boato – Em tuíte, o deputado federal e pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, pediu a extinção do BOPE e da CORE no estado.
A operação policial que resultou na morte, até o momento, de 26 pessoas na Vila Cruzeiro (comunidade da cidade do Rio de Janeiro) ainda está gerando repercussão. Entre pessoas que defendem a ação e pessoas que a classificam como desastrosa, um suposto tuíte de Marcelo Freixo, deputado federal e pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, apareceu na web.
Na mensagem, Marcelo Freixo teria pedido o fim do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais) no Rio de Janeiro. Ele teria, ainda, teria classificado os policiais de criminosos. Leia o print do suposto print que circula por aí:
Marcelo Freixo @MarceloFreixo Chega de matança! O que aconteceu, hoje, novamente, foi o assassinato de pretos, pobres e favelados. Não se tratam de policiais e sim de CRIMINOSOS. O BOPE e a CORE precisam ser extintos. Precisamos de uma política de segurança, onde a polícia não possa mais entrar nas comunidades e aja com inteligência, realizando, somente, prisões sem necessidade de disparos.
Marcelo Freixo pediu, em tuíte, o fim do BOPE e da CORE no Rio de Janeiro?
O que não demorou para aparecer foram pessoas repercutindo a suposta mensagem. Só que, ao contrário do que muitos imaginam, é falsa a mensagem que aponta que Marcelo Freixo fez a tal crítica à polícia e pediu o fim dos batalhões em questão.
A mensagem, o histórico e a ausência de notícias sobre o assunto já nos deixam muito desconfiados da veracidade da informação. O texto que circula por aí tem características de fake news como o caráter vago, o tom alarmista e os erros de português. Além disso, não é de hoje que prints falsos de publicações de Marcelo Freixo viram combustível para fake news.
Sempre que operações policiais de impacto (seja positivo ou negativo) são realizadas, mensagens falsas atribuídas a ele circulam por aí. Já desmentimos, por exemplo, supostas mensagens de luto em relação à morte de um assaltante e de Elias Maluco e, ainda, uma reclamação após uma prisão de um suspeito pela morte de um PM.
Não bastasse isso, ao buscar por quaisquer informações em fontes confiáveis sobre o assunto (como últimas notícias), nada encontramos sobre a suposta declaração de Marcelo Freixo. A única coisa que há são os supostos prints. Vale apontar, ainda, que a mensagem em questão tem 363 caracteres. Isso rompe o limite de 280 caracteres por mensagem no Twitter e denota ainda mais a farsa.
Farsa que é derrubada por uma “visita” ao perfil do deputado federal. Pelo Twitter, o próprio Marcelo Freixo desmentiu a informação de que teria dado a declaração. Ele fez isso em uma série de publicações (que podem ser lidas aqui). Veja o que foi dito:
ALERTA FAKE NEWS: RESPONDA E NÃO DEIXE A MENTIRA SE ESPALHAR. COMPARTILHE A VERDADE Estão espalhando uma postagem falsa sobre mim em relação à operação no Alemão. A publicação simula uma publicação no meu perfil no twitter. A mentira é tão mal contada que comete erros básicos. Por exemplo a postagem falsa passa a quantidade permitida de caracteres no twitter!
1. Matança não é seguranca. Operações como as de hoje não resolvem nada e colocam em risco a vida de moradores. 2. O combate ao crime tem que ser feito com eficiência. As maiores apreensões de fuzil da história do RJ foram feitas no Galeão e na casa de um homem ligado a Roni Lessa, assassino de Marielle, sem que um tiro tenha sido disparado.
3. Eu presidi a CPI das Milícias e CPI do Tráfico de Armas e munições. Ali mostramos que é possível enfrentar o crime de forma eficaz, com planejamento e inteligência. 4. É hora de acabar com o uso político da polícia. É hora de tratar a Segurança Pública como coisa séria, não como arma eleitoral. Responda as mentiras e compartilhe a verdade.
Com isso, já podemos dar o veredicto: é falsa a informação que aponta que o deputado federal Marcelo Freixo fez uma publicação pedindo o fim do BOPE e do CORE no Rio de Janeiro. O pré-candidato ao governo do estado comentou a ação em questão, mas não com as palavras que estão circulando por aí.
Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.
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