Boato – No dia 16 de janeiro de 2023, paralisação nacional geral pelos “patriotas” presos promete parar o país.
Muitos profissionais falam sobre a importância de ensinarmos as crianças e os adolescentes a lidarem com o sentimento de frustração. E se tem algo que, definitivamente, tem faltado entre alguns apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro é saber lidar com a frustração das eleições (o que, inclusive, já colocou alguns na cadeia).
Exemplo disso é a história de hoje. De acordo com uma publicação que está sendo compartilhada nas redes sociais, uma paralisação nacional geral teria sido marcada para o dia 16 de janeiro de 2023. Segundo a história, a paralisação tem como objetivo tirar o poder do STF e do governo Lula multar, prender e “armar ciladas”. Ainda segundo a história, a paralisação seria em prol do Brasil e dos “patriotas” presos. Confira:
“PARALISAÇÃO NACIONAL 16/01/23 (Até cairem) TODOS EM CASA. Vamos tirar o poder deles de multar, prender e armar ciladas. RUAS VAZIAS. Sem violência. CAMINHONEIROS, recolham os caminhões. AGRO, não abasteça. EMPRESÁRIOS, fechem. Vai ser reação em cadeia. Pelo Brasil e pelos patriotas presos. Nosso último grito. É agora ou nunca”.
Paralisação nacional geral em 16/01/2023 pelos “patriotas” presos vai parar o Brasil?
A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Twitter e agitou grupos bolsonaristas radicais. Entretanto, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da falta de provas e, novamente, de noção.
Ao se deparar com a mensagem, é possível perceber que ela apresenta caráter vago, extremamente alarmista e não cita fontes confiáveis. Todas essas são características de fake news na internet. Além disso, não existem notícias sobre o assunto em veículos de comunicação confiáveis.
Histórias falsas sobre supostas paralisações e greves após as eleições de 2022 seguem pipocando nas redes sociais. A equipe do Boatos.org já desmentiu inúmeras delas, como a que dizia que os supermercados não serão abastecidos em janeiro de 2023 por causa da greve geral. Também a que indicava que a greve dos caminhoneiros de 2023 já começou em Paranavaí e vai parar o Brasil e, por fim, a que apontava que a greve geral contra Lula e a favor da intervenção militar vai parar o Brasil em janeiro de 2023.
Se isso não bastasse, seguimos batendo na tecla de que uma greve geral com esse propósito seria inviável. A maioria dos brasileiros elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ou seja, a maioria do povo está ao lado do novo governo.
Além disso, os golpistas que seguem insistindo em não aceitar o resultado das eleições e promovendo verdadeiras barbáries são uma minoria de bolsonaristas radicais. E se antes eles já eram poucos, agora (com a prisão de centenas deles) são muito menos. Recentemente, uma pesquisa de opinião pública questionou os brasileiros sobre os ataques violentos dos golpistas bolsonaristas. O resultado mostrou que 76% dos entrevistados reprovaram os ataques terroristas e a maioria ainda responsabiliza o ex-presidente Bolsonaro pelo quebra-quebra promovido em Brasília (DF).
Por fim, os diversos grupos convocados para a paralisação não pararam nem na pandemia (quando o risco de morte era real), quem dirá agora..
Em resumo: a história que diz que a paralisação nacional geral programada para o dia 16 de janeiro de 2023, pelos “patriotas” presos, vai parar o Brasil é falsa! Simplesmente não existem chances de que uma paralisação bolsonarista pare o Brasil. Primeiro, porque os bolsonaristas que seguem teimando com o resultado das eleições são uma minoria dentro do próprio grupo que não representa uma maioria. Segundo, porque a recente convocação de golpistas radicais resultou apenas em um quebra-quebra em Brasília (DF), não em uma paralisação geral. Por fim, a própria opinião pública reprova os ataques recentes feitos pelos golpistas e não apoia o grupo. Ou seja, a história não passa de balela!
Ps: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.
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