Boato – A Probank, empresa que fazia manutenção de urnas eletrônicas, é de propriedade de José Dirceu, do PT. Agora está provada a fraude.
Como acabamos de falar no nosso A Semana em Fakes, os últimos dias seriam muito tranquilos em relação a fake news se não fosse um “pequeno detalhe”: a tentativa de, por meio de falsas acusações, pautar a questão (pode ler como “cuestão”) do voto impresso e urnas eletrônicas. E hoje vamos falar de mais uma notícia falsa sobre o assunto.
De acordo com mensagens que circulam online, foi achada a “prova” (agora vai, hein) de que o PT fraudou as urnas eletrônicas: o “fato” de José Dirceu ser dono da empresa Probank, que seria a responsável pela manutenção de urnas eletrônicas.
Junto à mensagem que está circulando em redes sociais junto com uma outra informação falsa (que aponta que José Dirceu “alugou e pagou aluguel” para o hacker do TSE), está um texto que aponta que o petista seria dono da Probank. Leia:
Inacreditável, olha, você sabia as empresas Probank que faziam manutenção das urnas eletrônicas TSE eram de propriedade do prisioneiro José Dirceu/PT? Que Zé Dirceu/PT alugou e pagou 11 meses aluguel do Hacker que invadiu super computador TSE?
Probank, empresa que faz manutenção de urnas eletrônicas, é de José Dirceu?
Assim como tantas outras acusações relacionadas ao processo eleitoral, a mensagem se espalhou muito em grupos de pessoas simpáticas ao presidente Jair Bolsonaro. Só que, mais uma vez, a mensagem que está se espalhando é falsa.
O histórico recente já nos chama atenção (dos últimos 10 boatos desmentidos por aqui, seis eram relacionados a urnas eletrônicas). Mas a coisa não para por aí. A mensagem (assim como em outros casos) tem características de boatos online como ser vaga, alarmista, com erros de português e não cita nenhuma fonte confiável. E, ao buscar por fontes confiáveis, descobrimos que é mais um fake.
A primeira informação errada é a que aponta que a Probank é a empresa “responsável” pela manutenção de urnas eletrônicas. Na realidade, a empresa Probank S/A prestou serviços ao TSE nas eleições de 2004 e 2006. De acordo com o registro da empresa na receita federal, foi decretada a falência dela em 2010.
Em 2019, a Polícia Federal deflagrou uma operação que mirava os donos da empresa. A acusação era de que a falência de empresa era decretada (e uma empresa nova era criada) para burlar a lei das licitações, que não permite que empresas com pendências financeiras (dívidas) participem de licitações.
A informação contida em reportagens (junto com o documento da Receita Federal) derruba a segunda tese na mensagem: de que José Dirceu é “dono da empresa”. Nem as investigações que apontavam para os donos da empresa tampouco o registro na Receita Federal cita o nome de José Dirceu.
Ao buscar pela “fonte da informação” que se espalhou por aí, mais uma vez encontramos perfis e grupos simpáticos a Bolsonaro. Ou seja: trata-se de mais uma fake news que saiu “do nada” direto para o seu smartphone.
Resumindo: apesar do alarde na mensagem, não é verdade que José Dirceu é dono da empresa Probank. A empresa citada teve a falência decretada em 2010 e o nome do petista não está entre os proprietários dela.
Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.
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