Boato – A rede de lojas Renner resolveu fechar uma parceria com o PT para as eleições. Além de declarar apoio a Lula, vai vender roupas com a temática do partido.
Um dos tipos de informações que mais fazem barulho em redes sociais é a do “boicote” a “empresas apoiadoras de políticos”. No clima de polarização que vivemos, o que não falta é denúncia contra empresário “x” ou “y”.
A mais nova história que circula online aponta para a rede de lojas Renner. De acordo com um suposto print do portal g1 que circula por aí, a Renner teria declarado apoio a Lula e fechado uma parceria com o PT. Depois de assinar uma carta “a favor do comunismo”, a empresa prometeu comercializar produtos relacionados ao partido. Leia o texto que circula online:
POLíTICA Maior no segmento de roupas lojas Renner declara apoio a Lula e fecha parceria com PT Loja assinou carta em favor do comunismo e disponibilizará em breve roupas com temática especial do PT Por Maria Mendes 02/08/2022 21:55 Atualizado há 4 minutos Renner
Renner declarou apoio a Lula e fechou parceria com o PT?
Não demorou para a história se espalhar com todas as forças na internet e chamar atenção por aí. Só que, ao contrário do que aponta a mensagem, a Lojas Renner não apontou que vai “comercializar produtos com a temática do PT” tampouco o g1 fez uma matéria sobre isso.
Fake news com prints falsos atribuídos ao portal de notícias são muito comuns na internet. Nesta semana, desmentimos uma fake news que apontaria que banqueiros e Lula teriam feito um acordo para acabar com o Pix.
O que ocorre é o seguinte: alguém entra em uma página do g1, altera o código-fonte da página, coloca o título que quiser e, no final, faz um print para sair compartilhando a história por aí.
A prova de que a informação sobre “parceria” da Renner com o PT (algo que nem é permitido) está na ausência da notícia no g1 ou em qualquer fonte confiável. Na realidade, a fake news se deu após José Galló, ex-CEO da Renner, assinar a chamada Carta pela Democracia da USP. Isso gerou um burburinho entre bolsonaristas.
Só há um detalhe: a carta não é “comunista” e não é a favor de Lula (tampouco cita Bolsonaro). Ela apenas é um documento que reforça o desejo de brasileiros para a manutenção do sistema democrático brasileiro.
Além disso, não foi a “Renner” que assinou. Além disso, não há qualquer previsão (algo que, como falamos, sequer seria permitido) de a loja vender produtos do PT ou mesmo de Lula.
Resumindo: é falsa a informação que aponta que a Renner declarou apoio a Lula e vai comercializar produtos do PT em suas lojas. Trata-se de uma notícia falsa que nasceu de um print adulterado de uma página do g1.
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