Boato – O TSE chegou ao ponto de mandar um fiscal para monitorar ao vivo o programa Pânico da Jovem Pan. É a prova da censura.
Quem acompanha o Boatos.org tem percebido que o nível de fake news chegou a uma escala estratosférica. Para além do nosso hercúleo trabalho de checagem de parte da mídia, há tentativas por parte de campanhas (claro, quando se sentem prejudicadas) e do TSE de mitigar a questão. Isso tem resultado em judicializações, retiradas de conteúdo do ar e alegações de censura.
Um dos casos remete à Jovem Pan, emissora de rádio e TV por assinatura com viés claramente bolsonarista. Depois do TSE decidir restringir a cobertura eleitoral, a emissora declarou que estaria sob “censura”. Em meio a isso, um vídeo começou a chamar atenção na internet.
Em um trecho do programa Pânico, um homem com uma fita adesiva nas mãos circula pelo estúdio. De acordo com mensagens que acompanham, o homem seria um fiscal enviado pelo TSE para analisar e censurar o programa em questão. Leia algumas das mensagens que circulam por aí:
Versão 1: Não, você não está vendo demais, tem sim um fiscal do TSE analisando tudo enquanto o programa pânico da jovem Pan acontece. Você acha isso normal, seja honesto? Versão 2: Ditadura! Fiscal do TS* circula pelo programa pânico ao vivo. Censura ao vivo no Pânico? TSE mandou um representante?
Versão 3: BIZARRO – Fiscal do TSE em cima dos integrantes do programa Pânico da Jovem Pan e das convidadas Bárbara do Te Atualizei e Pietra Bertolazzi “Para tempos sombrios, homens esquisitos!” Emílio Surita
TSE mandou fiscal para censurar programa Pânico da Jovem Pan ao vivo?
As imagens deixaram muitas pessoas impressionadas e indignadas com o Tribunal Superior Eleitoral. Porém, a informação que aponta que a pessoa em questão é um “fiscal do TSE” é falsa.
A situação já nos deixa um tanto quanto desconfiados da tese de que o TSE mandou alguém ao estúdio. Primeiro, porque para monitorar um conteúdo não seria preciso “enviar alguém in loco” para fazer a missão.
Infelizmente, isso ocorria na época da Ditadura (que, por sinal é defendida por alguns que se dizem censurados). Mesmo que houvesse um monitoramento similar, isso não precisaria ser feito desta forma hoje (afinal, tudo é visto pela internet).
Segundo, o TSE não anunciou, em nenhum momento que iria enviar alguém para o estúdio para “vigiar” a Jovem Pan. Uma ação como essa seria explicitada. Terceiro, sequer os apresentadores do Pânico falaram que se tratava de um fiscal do TSE.
Por fim, toda a indumentária do sujeito (com ênfase ao esparadrapo) dá a entender que se tratou de uma forma de manifestação irônica por parte das pessoas do próprio programa.
Resumindo: é falsa a informação que aponta que o TSE enviou um fiscal para censurar o programa Pânico da Jovem Pan ao vivo. No final, tratou-se de uma paródia que, pelo jeito, não foi bem entendida por todas as pessoas.
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