Boato – Em nova repressão aos cristãos no Iraque, Estado Islâmico ameaçou matar 25 crianças queimadas.
Os horrores de um dos movimentos jihadistas mais perigosos do mundo aparecem cada vez mais na mídia. Como se todo o planeta fosse a assessoria de imprensa particular deles, o Estado Islâmico tem suas ações cruéis mostradas por toda parte.
É notícia, é interesse público, aquela coisa toda que já estamos acostumados. E assim, de vídeo em vídeo, de foto em foto o terror se espalha e ficamos a par das atrocidades cometidas pelo EI, assim como de suas ameaças.
Entre as tantas, uma particular está causando furor (mais do que o normal) na internet. A fotografia de crianças supostamente reféns do grupo terrorista sendo ameaçadas por tochas ao seu redor deixou muita gente em pânico. Junto da foto, a seguinte notícia:
‘Recentemente o grupo estado islâmico conquistou a maior cidade cristã do Iraque, a cidade de Quaragosh. Com a queda da cidade o grupo tomou controlo dos tribunais escolas e quem não for muçulmano tem os dias contados. Uma vez que as suas campanhas de terror não tem tido sucesso decidiram ir mais longe e ameaçam queimar 25 crianças todas elas cristãs. Se a comunidade internacional não reagir arriscaremos a assistir a esta enorme tragédia.’
Algumas variantes da mesma notícia se espalharam rápido pela web. Acompanhadas da fotografia de crianças vestidas com o já mundialmente conhecido macacão laranja dos reféns dos extremistas, a história ganhou força depois que a ONU publicou relatório afirmando que o Estado Islâmico crucifica, queima e sepulta crianças vivas.
Mesmo com as tristes afirmativas da ONU, a fotografia que deu origem a ameaça do EI de queimar 25 crianças cristãs é falsa. Ou melhor, foi utilizada fora de seu real contexto. Acontece que a fotografia foi tirada durante um protesto contra as ações do presidente da Síria, Bachar al-Assad.
Os ativistas sírios colocaram as crianças vestidas de reféns do EI em uma gaiola para simular como elas também estão expostas ao terror vivido pelo piloto jordaniano Muath al-Kasasbeh, que ao que tudo indica, foi morto em janeiro.
A informação sobre a origem verdadeira da imagem apareceu no veículo britânico, The Independent. No Youtube, é possível ver o vídeo gravado pelos ativistas (ainda sem tradução) com a participação das crianças.
Apesar de tudo encerramos esse desmentido sem aquela sensação boa de sempre. Afinal, não podemos comemorar que essa história é boato, não quando há um relatório oficial anunciando que atrocidades desse tipo acontecem.