Boato – Suprema Corte dos EUA confirmou que os danos causados pelas vacinas contra a Covid-19 são irreversíveis.
Com a chegada das eleições, os grupos bolsonaristas antivacina e negacionistas da pandemia da Covid-19 mudaram o foco. Com isso, as fake news sobre a pandemia e, principalmente, sobre as vacinas reduziram drasticamente.
Mas se existe um grupo com o qual devemos ficar atentos, esse é o grupo antivacinas. Não satisfeitos em colocar a dúvida na cabeça de muita gente em relação a outras vacinas (e trazer doenças erradicadas de volta), agora eles tentam fazer o mesmo com a vacina contra a Covid-19.
Exemplo disso é a história de hoje. De acordo com a publicação, a Suprema Corte dos EUA teria confirmado que as vacinas contra a Covid-19 não são vacinas. Segundo a história, os danos causados pelas vacinas contra a Covid-19 seriam irreversíveis. Confira:
“Agora, a suprema corte dos EUA bateu o martelo em última instância: as “vacinas” covid19 NÃO SÃO VACINAS! E confirmou que os danos causados pelas terapias do gene covid19 RNAm são irreparáveis. Está aberto o caminho para as responsabilizações”.
Suprema Corte dos EUA decidiu que vacinas contra Covid-19 causam danos irreparáveis?
A informação viralizou nas redes sociais, em especial, no Twitter e deixou muita gente preocupada. Apesar disso, a história não é verdadeira. A explicação fica por conta da falta de provas.
Ao se deparar com a mensagem, logo de cara ficamos desconfiados. Isso porque ela apresenta as principais características de fake news na internet, com o caráter vago, extremamente alarmista, a falta de fontes confiáveis e a ausência de notícias sobre o assunto em veículos de comunicação confiáveis.
Além disso, cansamos de desmentir histórias falsas sobre as vacinas contra a Covid-19. A equipe do Boatos.org já desmentiu centenas delas, como a que dizia que médicos canadenses teria morrido por causa da quarta dose da vacina contra a Covid-19. Também a que indicava uma exposição no microscópico teria mostrado que as vacinas contra a Covid-19 teriam grafeno, nanodispositivos e bactérias mortais e, por fim, a que apontava que as vacinas teriam causado 92% das mortes por Covid-19 no Canadá.
Se isso não bastasse, ao procurar por mais informações sobre a história, descobrimos que ela surgiu em sites negacionistas que já distorceram outras informações sobre a pandemia. Vale ressaltar que histórias como essa já circulam na internet e nenhuma apresentou provas que pudessem sustentar a afirmação.
É importante destacar que para uma vacina ser aprovada, ela precisa passar por diversos estudos e testes. Se ela conseguir ser eficaz e segura, ainda precisa passar pela avaliação das agências de saúde que vão avaliar os estudos e os testes e apontar se elas podem ser usadas ou não. Além disso, os próprios dados gerados pela vacinação mostram que as vacinas são seguras e que o risco de desenvolver um efeito adverso grave é raro.
Se isso não fosse o suficiente, a história de hoje parte de uma teoria antiga que fala em danos irreparáveis causados pelas vacinas. Em junho de 2021, a equipe do Boatos.org desmentiu uma história muito parecida que apontava que a vacinação universal teria sido anulada pela Suprema Corte dos EUA.
Por fim, o serviço de checagem da Associated Press (AP) indicou que a história de hoje é uma reciclagem de uma publicação de 2021. A página explicou que não existe nenhuma decisão da Suprema Corte sobre o assunto. Na realidade, eles descobriram que diversas ações judiciais contra a segurança das vacinas chegaram a ser abertas, mas nenhuma chegou ao Supremo (indicando que foram refutadas antes).
Em resumo: a história que diz que a Suprema Corte dos EUA teria decidido que os danos causados pelas vacinas contra a Covid-19 são irreversíveis é falsa! A história surgiu em um site que já é um velho conhecido por compartilhar fake news sobre a pandemia. Além disso, a história de hoje se baseia na teoria (mais do que desmentida) de que as vacinas causam danos irreversíveis ao organismo humano. Como já estamos cansados de falar, as vacinas passam por estudos e testes rigorosos e jamais seriam aprovadas para uso se apresentassem efeitos adversos graves com frequência. Por fim, o serviço de checagem da AP mostrou que a história de hoje se trata de uma reciclagem de uma publicação antiga. Além disso, eles afirmam que a Suprema Corte dos EUA não emitiu nenhuma decisão sobre o assunto. Ou seja, a história não passa de balela!
Ps.: Esse artigo é uma sugestão de leitores do Boatos.org. Se você quiser sugerir um tema ao Boatos.org, entre em contato com a gente pelo site, Facebook e WhatsApp no telefone (61) 99458-8494.
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