Pular para o conteúdo
Você está em: Página Inicial > Esporte > História falsa: Brasil vendeu a Copa do Mundo de 1998 para a França

História falsa: Brasil vendeu a Copa do Mundo de 1998 para a França

Copa de 1998 teria sido comprada, diz boato
Copa de 1998 teria sido comprada, diz boato

Boato – Acordo entre CBF, Nike e FIFA teria feito com que Brasil entregasse a Copa do Mundo de 1998 para a França

O futebol é, de fato, uma paixão de 11 entre 10 pessoas no Brasil. Durante a Copa do Mundo, o esporte consegue transformar até os menos aficionados. O mundo inteiro para em frente à TV, para prestigiar as melhores seleções do mundo em campo.

Que o futebol se tornou um enorme empreendimento mundial, disso todo mundo já sabe. E que as teorias da conspiração existem no futebol, disso todo mundo também já sabe. Agora se elas são verdadeiras ou não, nem todo mundo concorda.

Curta também a nossa página no Facebook e não caia em boatos

De acordo com um destes textos, um dos maiores escândalos aconteceu na Copa do Mundo de 1998, no jogo da final entre Brasil e França. Muitos blogs e sites independentes divulgaram textos, onde apontavam um plano engenhoso e milionário, envolvendo a seleção brasileira, Ricardo Teixeira, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e a patrocinadora oficial da seleção, a Nike.

O texto aponta que os jogadores e comissão técnica receberam cerca de R$ 23 milhões para entregar o jogo para a França. Na época, a seleção de Zidane venceu a seleção verde e amarela por 3×0. Irreconhecível dentro de campo, a equipe brasileira frustrou muitos torcedores. Meu pai, inclusive, tinha até comprado fogos de artifício para soltar depois do jogo, confiante com a vitória. No final das contas, soltou os fogos de artifício de raiva.

Segundo o texto, tudo foi muito bem arrumado por baixo dos panos. Confira:

Sujeiras na final da Copa de 98,as armacoes da CBF e da FIFA

É revoltante ver o futebol utilizado como meio de alienação e mais revoltante que a sujeira política tenha se alastrado pra lá também…pra quem gosta de futebol e quem não gosta e muito bom ler este texto. Vale lembrar que o livro CBF/NIKE que conta a estória dessa CPI foi CENSURADO.É um excellente livro.

Talvez, isso explique a razao do Jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas”. Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mao que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos. Fato comprovado: o Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reuniao envolvendo o Sr.Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleçao da seleçao), o Técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleçao, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. A aceitaçao veio através do pagamento total dos prêmios, US$ 70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$ 400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissao, num total de US$ 23.000.000,00 (vinte e três milhoes de dólares) através da empresa Nike. Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terao as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul da Espanha, Batistuta da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil. Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais). A sua situaçao só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$ 90.000.000,00 (noventa milhoes de dólares) ao longo da sua carreira. Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o “Golden Goal” (prorrogaçao com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente nao participou desta negociaçao, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols. O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadao franco-suíço, aplaudiu a colaboraçao da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serao agravadas pela recente introduçao do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC). Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, Joao Havelange, que o Brasil terá seu caminho facilitado para o penta-campeonato de 2002.

Seria uma transação milionária e que envolveria muitas pessoas. Como isso iria continuar embaixo dos panos? E, será mesmo que toda essa história é verdade? Aqui no Boatos.org, já desvendamos a farsa da venda da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, que segundo os conspiradores, seria dada à seleção brasileira.

A resposta para comprovar que, nada disso passa de mais uma teoria da conspiração e farsa, é que não é tão simples assim vender uma Copa. Primeiro, porque além de envolver muito dinheiro, envolve também muitas pessoas.

Vamos aos fatos. No princípio de tudo, você deve convencer toda a comissão técnica de uma ou de mais seleções. Depois, convencer todos os jogadores de tais equipes e, por último, você já terá centenas de pessoas envolvidas na ‘tramoia’. E todo mundo já deve ter ouvido aquele ditado: se quer guardar um segredo, não conte pra ninguém.

Mesmo envolvendo dinheiro, uma hora ou outra, alguém iria contar sobre o assunto. A corrente sempre quebra no elo mais fraco. E, até hoje, nenhum jogador ou membro da comissão técnica veio à mídia, para desvendar a venda Copa do Mundo de 1998.

Além disso, também temos algumas situações controversas. Segundo os textos, o motivo para Ronaldo ter sido descartado minutos antes do jogo, vão de envenenamento até à negação de vender o jogo. Ronaldo foi escalado em cima da hora e as conspirações dizem que o jogador só entrou, porque aceitou participar da transação.

Entretanto, a revista Super Interessante explica nesse texto que O Fenômeno foi cortado da equipe, devido à uma convulsão. Isso teria acontecido, por causa de uma injeção de xilocaína (analgésico) aplicada no joelho do craque. Ainda segundo a revista, a história oficial conta que a decisão de escalar Ronaldo foi única e exclusiva de Zagallo, técnico da seleção na época.

Por fim, no meio dos textos conspiratórios, surge o nome de Ronald Rhovald, apontado como representante da Nike. O engraçado é que, se procurarmos pelo nome do cidadão, ele só aparece vinculado aos textos de teoria da conspiração da final da Copa de 98. No mínimo, muito estranho.

Como pudemos observar, o futebol se tornou sim negócio milionário, mas comprar uma Copa do Mundo não é tarefa muito fácil. É claro que, quando nossa seleção não ganha, a primeira coisa que passa por nossas cabeças é: o jogo foi comprado. Mas antes de pensarmos em teorias conspiratórias, devemos aceitar que nem sempre podemos ser campeões. Devemos aceitar que existem outras seleções tão bem preparadas quanto nós e, além disso, com a mesma vontade de colocar a mão na taça.

Não é possível comentar.